Ao reorganizarmos o Grupo, levantamos os pontos de acordo entre os membros, estabelecemos uma hierarquia entre eles. Desta forma, as posições do Grupo ficarão mais explícitas. Há cinco valores, desdobrados em posições concretas nos temas debatidos:
1. Valores Absolutos
2. Conduta Íntegra
2.1. Estado de Direito
2.2. Livre Arbítrio e Responsabilidade
2.3. Simetria Diplomática
3. Liberdade de Expressão
3.1. Liberdade Religiosa
3.2. Privacidade
4. Tradição, Família e Propriedade
4.1. Soberania Nacional
4.2. Segurança Pública
4.3. Conservadorismo
5. Livre Iniciativa
5.1. Liberalismo Econômico
5.2. Estado Enxuto
5.3. Estado Mínimo
1. Valores Absolutos
O universo, seja do ponto de vista do sujeito ou do objeto, tem verdades
universais, inteligíveis a qualquer pessoa. Mesmo que em outros
contextos as coisas pareçam relativas ou subjetivas, os padrões do belo,
do verdadeiro e do bom são universais, não obstante a incapacidade
intelectual do homem em reconhecê-los e enunciá-los.
2. Conduta Íntegra
Sendo a verdade, o belo e o bom fatos sociais, sua violação deliberada
não é tolerada, o que abaliza o julgamento sobre condutas
deliberadamente subversivas ou desconstrutivas. A imagem, o brio e a
honra são valores inegociáveis aos que comungam dos valores deste grupo.
2.1. Estado de Direito
A transgressão das leis não é forma legítima de protesto, de luta, nem
de construção de qualquer valor. Não legitimar o estado de direito
implica em reconhecer que as leis da pátria não têm mais valor, que as
instituições faliram e que o país se extinguiu.
2.2. Livre Arbítrio e Responsabilidade
Os indivíduos têm livre arbítrio, o que os permite fazerem coisas boas e
más. A liberdade do mal implica que não é possível o paraíso terrestre.
Por outro lado, devemos partir do princípio que os indivíduos (pessoas
ou associações) são bons, até que se prove o contrário. Este título de
confiança, por outro lado, acarreta a responsabilidade, a qual é um
dever de todo indivíduo adulto.
2.3. Simetria Diplomática
As sanções sociais, prêmios ou punições sobre a responsabilidade do
indivíduo, são proporcionais aos benefícios e danos. Portanto a resposta
social parte do princípio da simetria, que aceita diálogo com que
comunga dos mesmos valores, mas que não tolera a diplomacia com quem
abertamente viola seus princípios. Isso veta o relacionamento do país
com tiranias e também oferece a dignidade aos estrangeiros
proporcionalmente à dignidade oferecida por eles aos nossos concidadãos.
O mesmo orienta que as punições aos criminosos sejam proporcionais às
ofensas sociais.
3. Liberdade de Expressão
É vedado assediar qualquer homem para que pense de determinada forma ou
impedi-lo de expressar-se como queira, a não ser que esta expressão
atente contra a integridade ou dignidade de outros indivíduos. O
pensamento do homem é o terreno em que disfruta das maiores liberdades,
portanto imiscuir-se no pensamento alheio resulta em violação maior que a
própria privação da liberdade física.
3.1. Liberdade Religiosa
A religião é a cosmovisão que alinha e dá sentido aos fatos da vida de
uma pessoa. Todos têm princípios que alinham os fatos de sua vida, por
isso têm uma cosmovisão, em sentido lato. Por ser o que é mais
fundamental do pensamento, então deve ser dada ampla liberdade à sua
manifestação pública e concretização nas instituições sociais.
3.2. Privacidade
Ao estado e a qualquer indivíduo é vetado intervir na intimidade de
outrem. A intimidade -- a casa, o negócio, a mente -- é inviolável, com
exceção do caso de violação legal, em que se intervém com o princípio da
proporcionalidade.
4. Tradição, Família e Propriedade
Toda sociedade desde os primórdios teve como elemento agregador, que dá
sentido e valor aos fatos, a religião. Ela se manifesta através de todas
as criações culturais, seja na arte, nas instituições sociais, na arte e
nos costumes gerais. Estes elementos culturais não podem ser
deliberadamente desconstruídos ou destruídos, sob pena da sociedade
perder completamente sua identidade, ou seja, desaparecer. Acresce-se a
isso o fato de que nesses aspectos fundamentais, as religiões têm em
grande medida, princípios universais, como a tradição, a família e a
propriedade.
4.1. Soberania Nacional
O estado, como um indivíduo, tem como sua primeira função a segurança
externa, assim como cada um cuida de si e um homem cuida de sua família.
Isto implica em fronteiras guarnecidades, autodetermindação do povo,
investimento nas Forças Armadas e busca do prestígio diplomático
mundial.
4.2. Segurança Pública
A segunda função primordial do estado é a garantia do direito de ir e
vir em todo seu território. A violação deste princípio é o
reconhecimento de um estado dentro do estado, o que é motivo de vergonha
nacional. A estabilidade e sensação de segurança é o primeiro
pressuposto de toda criação e bem-estar social. Isto implica em:
liberação das armas ao cidadão, punição proporcional aos crimes,
intolerância com estrangeiros ilegais (a segurança é o respeito ao
ordenamento jurídico).
4.3. Conservadorismo
Todos os bons aspectos da cultura acumulada devem ser necessariamente
conservados, não de forma pétrea, mas evoluindo de forma orgânica, sem
ruptura artificial. Por isso o comunismo é refutado, bem como a forma
capitalista monopolista dos trustes e de grandes corporações. A
organicidade da sociedade pressupõe atuação colaborativa de todos os
indivíduos de forma autêntica e não sob a cultura de massas e a
engenharia social.
5. Livre Iniciativa
A realização do indivíduo se dá quando ele é capaz de criar, de servir a sociedade com o fruto de seu trabalho, de sustentar-se com sua dignidade. Portanto os contratos devem ser livremente estabelecidos, no entanto resguardando as pessoas de imposições lesivas ou abusivas. O estado não pode criar regulações contratuais que induzam que as pessoas criem de determinada forma, nem pode avocar para si a função produtiva.
5.1. Liberalismo Econômico
O estado deve evitar monopólios econômicos, pois ele é o maior
monopólio, o da força bruta. Ele deve coordenar a implementação
infraestrutura que possibilite mais criação e circulação de riqueza.
Dentre os monopólios que o estado fabrica, constam: empresas estatais
produtivas, protecionismo, reserva de mercado, conceção de licenças por
razões políticas. A concorrência deve ser estimulada mesmo com mercados
estrangeiros, pois as leis econômicas são universais. Os gastos públicos
devem ser modestos, não deve haver política de aumento artificial de
meio circulante (keynesianismo), o estado deve ter responsabilidade
fiscal (ortodoxa).
5.2. Estado Enxuto
Para garantir segurança interna, o ordenamento jurídico (espelho da
segurança) não deve ser complexificado indefinidamente, pois cada
dispositivo legal somente representa uma limitação na liberdade do
indivíduo. A burocracia estatal deve ser levada ao mínimo, as leis
trabalhistas e tributárias devem ser simplificadas, um país não pode ser
uma república dos cartórios. Deve-se investir na confiança entre as
pessoas, pois a legislação babilônica só reflete uma desconfiança
generalizada. Além do mais, o congresso é um lugar de produção infinita
ad aeternum de leis?
5.3. Estado Mínimo
Ao estado cabe a segurança externa e interna e a eliminação de
monopólios. O que excede a isso tende à malversação do dinheiro
público. O estado deve oferecer condições mínimas aos desassistidos,
para que tenham chances em realizar sonhos. No entanto, as empresas
estatais devem ser privatizadas, o Congresso e seus cargos comissionados
reduzidos, o gigantismo da união federativa ser descentralizado. A
consequência salutar dessas reduções é a redução dos impostos,
escravidão compulsória.
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